Páginas

domingo, 29 de abril de 2012

Fé e Conversão


Vamos estudar hoje: definição de fé, o valor da fé, a fé que tem poder para nos salvar, como adquirir a fé, como a fé nos salva, a mudança que a fé opera em nós e como a fé converte-nos a Cristo. Este é um dos estudos de maior importância sobre a salvação.

1) DEFINIÇÃO DE FÉ
A fé no sentido bíblico é diferente do que popularmente muitos chamam de fé. Quando alguém diz que crê em Deus, mas não se converte a Jesus e não tem certeza da salvação, esse crer é tão somente o popular “acreditar”, ou seja, sabe que Deus existe mas não se envolve com Deus. Ou então se envolve de forma errada. Já a fé no sentido bíblico, é a confiança que depositamos na Palavra de Deus e no sacrifício de Jesus, como único meio de salvação”.
Esta fé e confiança convertem-nos a Jesus e envolvem-nos com Ele e Sua obra. A melhor definição da palavra fé, no sentido bíblico, está em Heb. 11:1 que diz: Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. A fé é algo invisível, mas sensível. "O significado original da palavra crer”, que é fruto da fé como em João 3:16, é repousar ou apoiar-se num firme fundamento, unindo a pessoa que crê ao objeto da sua fé que é Jesus Cristo.

2) O VALOR DA FÉ
A fé pode não valer nada e pode valer tudo. Depende do objeto em que está apoiada.  Aquele que tem fé nas riquezas, nos amigos, nas boas obras, na caridade, na boa conduta de viver, nas imagens de santos, figas, patuás e outras superstições, esteja certo que esta fé não vale nada e conduz à condenação eterna. Este tipo de fé é coisa de homens e perece com o tempo. “Imaginemos um náufrago com fé que, agarrando-se em alguma coisa, não morrerá afogado. Porém, em vez de se agarrar em algo firme e seguro, agarrou-se num pedaço de papelão, de pano, etc., e morreu afogado”. A fé não pôde salvá-lo porque apoiou-se no objeto errado.
Da mesma forma, muitas pessoas têm uma fé que não vale nada, pois estão com a fé apoiada no objeto errado, e estão a caminho da condenação eterna. Apresentamos, porém, a única fé que vale tudo. A única fé que tem poder para salvar é a fé (com entendimento e aceitação) no plano divino de salvação, realizado por Jesus Cristo na cruz. A fé em Jesus Cristo e em Seu sacrifício por nós vale mais do que toda a riqueza do Mundo e é a única coisa que pode salvar. (Isaias 8:19-22; Rom. 10:2-4; João 3:16-18).

3) COMO ADQUIRIR A FÉ
Quem busca o conhecimento de Deus pela fé, alcança o conhecimento mais amplo, profundo e perfeito. Em Rom. 10:17 diz: A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus. Quando alguém lê ou ouve a pregação do Evangelho e O aceita, “o Espírito Santo de Deus faz nascer em seu coração a fé salvadora no sacrifício de Jesus Cristo”. Atos 4:4 diz que quase 5 mil pessoas ouviram, creram e foram salvas. No entanto, a fé não é necessária apenas para a conversão.
Ela é indispensável para agradarmos a Deus (Heb. 11:6), e deverá crescer sempre em nossa vida cristã, para que sejamos adultos espirituais (Efésios 4:12-13; 2a Tes. 1:3; Judas 20). Daí porque devemos crescer mais e mais na fé, através do desejo de conhecer mais de Deus, do estudo e meditação da Bíblia, do obedecer e guardar os ensinamentos bíblicos e do servir a Cristo (1a Ped. 2:2; Josué 1:8-9; Sal. 1:1-2; Apoc. 1:3; João 12:26).

4) COMO A FÉ NOS SALVA
A fé em Jesus Cristo, apoiada em Seu sacrifício por nós, é o fundamento (alicerce) do templo espiritual de nossa vida. Note que “Jesus nos salva por graça e de graça”, isto é, favor não merecido e gratuito, mas não basta saber que Jesus é o Salvador, é necessário que nos apropriemos de Cristo e da salvação que Ele nos oferece.
A fé conduz nossa alma ao descanso em Cristo, “mas é preciso crer que foram os nossos pecados que crucificaram Jesus na cruz do Calvário”. Ele os carregou sobre Si, por amor a nós, para nos salvar e nos livrar da condenação do Inferno. Jesus sofreu o castigo que nós deveríamos sofrer. Quem crer assim será salvo. Atente: Jesus salva sozinho. Esta é a forma da fé que salva. Todo o mérito e glória da fé e da salvação pertencem a Deus, porque por Deus nos foram dadas.
Se alguém ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, creia assim, e receba hoje pela fé o perdão, a salvação e as bênçãos do Evangelho. (Isaias 42:8; 53:4-6; Efésios 2:8-10; João 5:24; 2a Ped. 1:2-9);

5) A MUDANÇA QUE A FÉ OPERA EM NÓS
A fé que salva por Jesus Cristo faz-nos entender que a Bíblia é a Palavra de Deus e que para os que não crêem existe a condenação. No estudo no 1 aprendemos que o arrependimento mudou o nosso intelecto, dando-nos novo entendimento dos pecados da nossa vida passada, e recebemos perdão e salvação. Na área emocional, sentimos tristeza por termos pecado e alegria por não vivermos pecando mais e já estarmos salvos para sempre. Na nossa vontade, somos movidos a viver conforme o Evangelho de Cristo e a obedecer a toda a vontade de Deus.
Também a fé envolve e muda, em outro sentido, estas três faculdades: o nosso intelecto, o nosso lado emocional e a nossa vontade. O nosso intelecto crê nas verdades do Evangelho mesmo condenando nossa forma de vida passada. Em Romanos 8:1 diz: “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
O nosso lado emocional confia em tais verdades e encontra nelas prazer. No Salmo 119:24 diz: “Também os teus testemunhos (a Palavra de Deus) são o meu prazer e os meus conselheiros”. A nossa vontade aceita estas verdades edispõe--se a servir e adorar a Deus. No Salmo 145:2 diz: “Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos”.

6) A FÉ CONVERTE-NOS A CRISTO
A fé no sentido bíblico dá-nos a salvação e promove em nós a conversão a Cristo. Atos 3:19 manda que nos convertamos a Jesus. Em 1a Tes. 1:9 mostra o povo convertido. Se alguém deseja converter--se e não consegue, deve orar pedindo isto a Deus e Ele o fará (Jer. 31:18-19; Lam. 5:21).
A) CONVERSÃO INTERIOR
Converter significa mudar de direção. A conversão verdadeira ocorre em nosso interior (nosso espírito). Quando alguém parece crente no meio dos crentes, mas lá fora é igual aos não crentes, engana-se a si mesmo, querendo mostrar uma conversão que ainda não existe. Precisa saber que não pode haver conversão exterior se não houver primeiro a interior”. “Aconversãoenvolveafé e o arrependimento, a operação do Espírito Santo, a nossaaceitaçãoeparticipação”.
Consiste em abandonar o pecado e seguir a Jesus. Pela conversão, somos libertados e transformados na semelhança de Cristo (1a João 3:2-3; João 8:32 e v. 36; Rom. 6:18 e v. 22; Sal. 51:10). “A conversão pode e deve repetir-se todas as vezes que alguém pecar e afastar-se de Deus”. A pessoa deve arrepender-se, abandonar o pecado, pedir perdão a Deus e será purificada pelo sangue de Jesus (1a João 1:7; 2a Cor. 5:17).
B) CONVERSÃO EXTERIOR
A conversão é também observada externamente. Uma pessoa que antes bebia, fumava, jogava, era idólatra, etc., passa a não fazer mais essas coisas. Ela detesta agora as coisas que antes amava e ama as coisas de Deus que antes desprezava ou desconhecia”. Isto é um sinal para todos de que esta pessoa se converteu a Jesus e que Deus transformou o seu coração (Ez. 36:26). Assim ocorreu com o Gadareno (Luc. 8:26-27 e versos 35 e 36).
C) CONVERSÃO DOS ÍDOLOS
Todo aquele que crê em Jesus abandona a idolatria”. Em 1a Tes. 1:9 diz que o povo converteu-se dos ídolos a Deus. Ídolos na Bíblia são as imagens de santos, figas, patuás, santinhos, e coisas semelhantes a estas, que tenham algum vínculo espiritual, e que tomem o lugar de Deus em nosso coração. Em Êxodo 20:1-6, (os Dez Mandamentos da Lei), “Deus proibiu fabricar, crer e adorar imagens de escultura”. Em Deut. 7:25-26; 27:15, Deus determinou que todas as imagens sejam destruídas, pois são maldição.
Em todos os livros, desde Gênesis a Apocalipse, a Bíblia condena toda sorte de imagens e a idolatria, que é o crer, adorar, venerar ou simplesmente ter respeito por ídolos. A seguir, temos mais alguns textos que falam sobre isto. Examine em casa Sal. 97:7; 115:4-8; Isaias 42:8; 44:9-20; 45:16 e v. 20; 46:5-10; 1a Cor. 10:14-21 e v. 28; 2a Cor. 6:14-18; 1a Jo. 5:21; Apoc. 2:14 e v. 20; 9:20-21; 21:8; 22:15. As figuras abaixo mostram pessoas estudando a Bíblia e servindo a Deus. Aceite este exemplo. Estude a Bíblia, obedeça à Palavra, sirva a Deus e sua fé crescerá muito.

7) APELO
Se alguém ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).

CONCLUSÃO
A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem. A fé em imagens nada vale, porém a fé em Jesus Cristo vale mais do que toda a riqueza do Mundo, pois dá-nos a salvação e segurança eterna. A fé se adquire pelo ler e ouvir a Palavra de Deus, pelo desejo de conhecer mais de Deus, pelo estudo e meditação da Bíblia, pelo obedecer e guardar a Palavra e pelo servir a Cristo. A fé nos salva, quando nos apropriamos de Cristo e Seu sacrifício, crendo que Ele recebeu em seu corpo, no Calvário, o castigo dos nossos pecados.
A fé em Jesus Cristo, apoiada em Seu sacrifício por nós, é o fundamento do templo espiritual de nossa vida e muda o nosso intelecto, as emoções e a vontade. A fé converte-nos a Cristo de tudo aquilo que é contrário à Palavra de Deus. Leia a Bíblia. Comece pelo Novo Testamento e depois o Antigo.  Amém.
Reestude em casa este assunto lendo todos os textos, responda às perguntas da folha de respostas e receba muitas bênçãos.






terça-feira, 24 de abril de 2012

Arrependimento


INTRODUÇÃO
       Este é o primeiro estudo das sete doutrinas básicas da salvação. Nos próximos, vamos estudar: 2 A Fé, 3 O Perdão, 4 Regeneração, 5 Oração, 6 Santificação e 7 Ressurreição. Após estes, teremos mais seis estudos de edificação, como seguem:  8 Síntese escatológica,  9 Crescimento espiritual, 10 O Batismo em águas, 11 A Ceia do Senhor, 12 Dízimos e ofertas na Bíblia, 13 Somos salvos para servir, num total de 14 estudos.
Este Curso produz na vida de todos os que crêem uma base ampla e segura da vida cristã, certeza absoluta de salvação e a convicção segura de um dia morar com Cristo no Céu de glória eterna. Hoje vamos estudar: definição de arrependimento, a necessidade de arrependimento, como ocorre o arrependimento, a transformação e a mudança que Deus faz no intelecto, nas emoções e na vontade, aferindo o nosso arrependimento e as bênçãos como resultado do arrependimento.

1)    DEFINIÇÃO DE ARREPENDIMENTO

Arrependimento é o reconhecimento de que somos pecadores. É a pré-disposição de não pecarmos mais. É darmos meia-volta, abandonarmos o caminho de pecado e passarmos a viver o caminho do Evangelho de Jesus Cristo.
Arrependimento é o reconhecimento de que falhamos, erramos, somos carentes e necessitamos das misericórdias de Deus. É lutar para vencermos as fraquezas e tentações da nossa carne.
É nos humilharmos aos pés do Senhor, suplicando misericórdia e perdão. É bom notar que arrependimento e remorso são coisas diferentes. O remorso consiste em a pessoa saber que errou, mas não quer abandonar o erro. É não reconhecer que deveria tê-lo evitado.  Ela está pronta a errar de novo e errará. Foi o caso de Judas  (Mat. 27:3-5). O remorso oprime e mata.
Já o arrependimento provém de Deus, causa-nos tristeza por havermos  pecado, (tristeza, porém, que não oprime, mas que produz conserto e perdão), dá-nos o desejo de não pecar mais e alegria por sabermos que já estamos salvos para sempre. O verdadeiro arrependimento opera em nós o perdão e a salvação (2a Cor. 7:9-10).

2)    A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO

O arrependimento é a necessidade primeira e o ponto de partida para todos os que quiserem ser salvos por Jesus Cristo. A Bíblia diz em Rom. 3:23:“Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.Rom. 3:12 diz: “Todos se extraviaram e se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só". Ecl. 7:20 diz: “Não há Homem justo sobre a Terra que faça o bem e nunca peque”. Pelos textos citados aprendemos que todas as pessoas são pecadoras.
Isaias 64:6 diz que "nossas justiças são como trapo de imundícia" e Isaias 59:1-2 diz que "nossos pecados fazem divisão entre nós e o nosso Deus". Em Luc. 13:5 Jesus disse: "Se não vos arrependerdes, todos perecereis". Está, portanto, claro que todos somos pecadores. Daí a necessidade de arrependimento, para que sejamos perdoados e salvos. Porque sem arrependimento não há perdão e sem perdão não há salvação (Atos 2:37-38; 3:19).

3)    COMO OCORRE O ARREPENDIMENTO

A doutrina do arrependimento é tão importante que o início do ministério de João Batista e do próprio Senhor Jesus foi marcado pela pregação incisiva da necessidade de arrependimento (Mat. 3:1-2 e 4:17). Pelos textos de 2a Tim. 2:25 e Atos 11:18 aprendemos que é Deus que nos dá o arrependimento para a salvação. Por Atos 2:38 e 3:19 entendemos que é necessário ler ou ouvir a pregação do Evangelho e aceitá-lo. Caso fechemos nosso coração não o aceitando, continuaremos perdidos e sob condenação.
Porém, aceitando Jesus Cristo como único Salvador e Senhor, assim como o seu sacrifício, Deus opera em nós o arrependimento, o perdão e a salvação, porquanto recebemos entendimento ao ler ou ouvir a pregação do Evangelho, e o Espírito Santo convence-nos do pecado, da justiça e do juízo.  O Espírito Santo convence--nos do pecado, para sabermos que somos pecadores e nessa condição estamos perdidos. O Espírito Santo convence-nos da justiça, para entendermos que Cristo recebeu na cruz a culpa e o castigo que eram nossos. Nossos pecados crucificaram Jesus.
A salvação é de graça e pela fé (Isaias 53:4-6; Efésios 2:8-9). Cristo é a justiça de Deus para a nossa salvação (1a Cor. 1:30). Se alguém ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, creia assim, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação. O Espírito Santo convence-nos do juízo, para entendermos que, se não aceitarmos pela fé o sacrifício de Jesus, com arrependimento sincero de pecados, seremos condenados para sempre junto com Satanás e os demônios (João 16:7-11).

4)    O ARREPENDIMENTO TRANSFORMA A VIDA

O arrependimento sincero, que nos dá a salvação, nos leva a não ocultar nada de Deus, e é precedido por três ações: confessar a Deus os pecados, abandoná-los e voltar-se para Deus, conforme os textos pela ordem (Sal. 32:5; Prov. 28:13; Isaias 55:7; 1a João 1:8-10; 1a Tes. 1:9). O arrependimento promove uma transformação geral em todas as áreas da nossa vida. Estas são as áreas que recebem maior transformação:
A) INTELECTO: No intelecto, a pessoa passa a ter um entendimento diferente de todos os pecados que envolveram sua vida passada. Descobre então que, pelo arrependimento, recebeu perdão, salvação e é uma nova criatura (2a Cor. 5:17; 1a Cor. 2:14-16).
B) EMOÇÕES: Nas emoções, a pessoa passa a sentir tristeza por ter pecado, e então recebe alegria por não viver pecando mais e saber que já está salva para sempre (Luc. (15:10; 19:5-6; Atos 2:28). C) VONTADE: Na vontade, a pessoa é movida a viver conforme o Evangelho de Cristo e a obedecer a toda a vontade de Deus (Rom. 12:1-2).

AFERINDO NOSSO ARREPENDIMENTO:
Pelas características a seguir, qualquer pessoa pode saber se já experimentou ou não o verdadeiro arrependimento. Ocorre na pessoa arrependida uma mudança de pensamento em relação a Deus, em relação ao seu próximo e em relação aos seus pecados.
O arrependido condena agora o que aprovava antes. Passa a ver as coisas através dos olhos de Deus. Passa a amar e admirar tudo o que Deus criou e, em toda a obra da criação, descobre o poder e a glória de Deus (Sal. 19 e Sal. 8).
Antes do arrependimento, a pessoa quer fazer a sua própria vontade e dirigir os seus próprios caminhos, porém, depois de arrepender-se, ela quer fazer a vontade de Deus e por Ele ser dirigida. Antes de arrepender-se, procura esconder os seus pecados e jus-tificar a si mesma (Luc. 16:15; Mat. 23:27-28).
Depois do arrependimento, o Espírito Santo de Deus faz-lhe entender que só pode ser justificada pelo sacrifício de Jesus Cristo. A pessoa arrependida sente tristeza pelos pecados que antes praticava e agora detesta, reconhece quanto Deus é bom e sofreu por seus pecados em Jesus Cristo. O arrependimento sincero produz em cada vida esforço para abandonar o pecado e cria a disposição de seguir a Jesus.
O arrependido abandona toda a idolatria em que antes se apoiava, crê exclusivamente em Jesus Cristo e produz frutos dignos de arrependimento (Mat. 3:8; João 15:16; Rom. 5:1-2 e vs. 8 e 9).
 6) O RESULTADO DO ARREPENDIMENTO
Ninguém merece o perdão nem a salvação, mas Deus perdoa e salva por graça e de graça, ou seja, favor não merecido e gratuito a todos que se arrependem e pela fé crêem em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. O arrependimento gera a fé salvadora, abre--nos a porta a todas as bênçãos do Evangelho, proporciona grande alegria entre os Anjos nos Céus (Ef. 1:3; Luc. 15:7-10), derruba a barreira do pecado e concede-nos comunhão com Deus.
Obs.  O crente depois de salvo ainda poderá pecar, mesmo sem querer. Deverá logo arrepender-se, abandonar o pecado, pedir perdão a Deus e então será purificado pelo poder do sangue de Jesus (1a João 1:7). O arrependimento ocorre no início para a salvação e permanece em zelo para purificação. O resultado do arrependimento é perdão, salvação e bênçãos abundantes de Deus. As figuras ao lado indicam que quem estuda bastante a Bíblia recebe quebrantamento, arrependimento e todas as bênçãos do Evangelho.

7) APELO

Se alguém ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus.
Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).
 CONCLUSÃO
Arrependimento é reconhecer que somos pecadores, abandonar o caminho do pecado e passar a viver o caminho do Evangelho de Jesus Cristo. O arrependimento é a necessidade primeira para todos os que quiserem ser salvos por Jesus Cristo, pois sem arrependimento não há perdão e sem perdão não há salvação.
O arrependimento é dado por Deus quando, ouvindo o Evangelho, cremos e aceitamos Cristo e seu sacrifício por nós. Então, o Espírito Santo convence-nos do pecado, da justiça e do juízo, dando-nos a salvação em Cristo Jesus.
O nosso entendimento, emoções e vontade são transformados.Descobrimos então que já estamos salvos, pelas características novas que envolvem todo o nosso ser. O arrependimento ocorre no início para salvação e permanece em zelo para purificação. O resultado do arrependimento é o perdão, a salvação e as bênçãos abundantes de Deus. Leia a Bíblia. Comece pelo Novo Testamento. Amém
Reestude em casa este assunto lendo todos os textos, responda às perguntas da folha de respostas e receba muitas bênçãos.



sábado, 21 de abril de 2012

A Ceia do Senhor


Vamos estudar hoje a Ceia do Senhor e a Páscoa judaica, as doutrinas sobre a quem a Ceia deve ser servida, a condição dos participantes da Ceia, doutrinas contrárias e a doutrina que usamos sobre os elementos da Ceia, e a finalidade da Ceia do Senhor


 A Ceia do Senhor é o cumprimento da Páscoa judaica, que era profética, temporária e apontava para o sacrifício de Jesus. A Páscoa, instituída na saída do povo de Israel do Egito, para libertação da escravidão do jugo de Faraó, significava providência de salvação pela morte do cordeiro (Ex. cap. 12). A Páscoa foi do Antigo Testamento e a Ceia do Senhor é do Novo Testamento. O cordeiro (animal) da Páscoa ou dos holocaustos do A. T. tinha que ser perfeito e apontava para a pureza e santidade de Jesus. Como o animal era oferecido a Deus em sacrifício, assim Jesus ofereceu-se a Deus em sacrifício único, de valor eterno, para nos salvar. Como o sangue dos animais aspergido livrava da morte, assim o sangue de Jesus nos livra da condenação eterna. Páscoa quer dizer sacrifício do cordeiro que era comido pelo povo no A. T..
Isto ensina que nós precisamos comer o sacrifício do Cordeiro de Deus que é Jesus. Comer aqui significa receber pela fé o sacrifício de Jesus no Calvário, como único meio de apagar os nossos pecados. É receber o ensino, o amor e obedecer a toda a Palavra de Cristo. Comer espiritualmente (João 6:57 e v. 63). A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo após a comemoração da Páscoa judaica, quando reunido com os apóstolos num Cenáculo em Jerusalém. Não é um sacramento, mas a segunda ordenança para a Igreja e é um memorial da morte de Cristo. Em Jesus a Páscoa foi cumprida e abolida, porque Jesus é a nossa Páscoa (1a Cor. 5:7).

2) DOUTRINAS SOBRE A QUEM SERVIR A CEIA
Existem pelo menos quatro doutrinas sobre a quem servir a Ceia. Nós seguimos a Bíblia com a seguinte posição: Jesus comeu e cumpriu a Páscoa judaica com os doze apóstolos. A Páscoa era para todos os judeus sem distinção. Antes de instituir a Ceia, Judas, que era perdido, foi desmascarado por Jesus e retirou-se (João 13:21-30). Em seguida Jesus instituiu a Ceia só com os onze (Mat. 26:21-28). Todos ali eram salvos, batizados, e estavam em comunhão uns com os outros e com o Senhor Jesus.
Assim, entendemos que as pessoas ainda perdidas ou as já salvas mas não batizadas nas águas, não devem participar da Ceia, pois a Ceia é comunhão dos arrolados (membros) da Igreja, uns com os outros e com o Senhor Jesus. As quatro principais doutrinas mais conhecidas sobre a Ceia são:
Primeira doutrina: é a da ala restrita, só servem a Ceia a pessoas da mesma denominação.
Segunda doutrina: é a da ala ultra-restrita, só servem a Ceia a membros da Igreja local.
Terceira doutrina: é livre para todos, há Igrejas que servem a Ceia para qualquer pessoa, seja ela salva ou não. Isto aborrece a Deus.
Quarta doutrina: a Ceia é servida a todos os salvos e batizados, membros de qualquer Igreja evangélica, em comunhão com suas Igrejas e com Deus. As 3 primeiras doutrinas que citamos estão em desacordo com a Bíblia. Nós usamos a quarta doutrina e entendemos que esta é a doutrina correta dentro da Palavra de Deus.

3) A CONDIÇÃO PARA PARTICIPAR DA CEIA
Leiamos 1a Cor. 11:23-33. Quem participa da Ceia indignamente atrai juízo para si, isto porque está crucificando a Cristo pela segunda vez com os seus pecados ainda não perdoados. Em Heb. 6:4-6; 9:25-28 diz que Cristo morreu pelos nossos pecados uma única vez. Quando há arrependimento e perdão, os pecados são transferidos para o sacrifício de Jesus no Calvário.
Porém se não houver arrependimento e conserto, é como se Cristo estivesse sendo crucificado de novo por esses pecados. Isso é impossível. Nesse caso a maldição destes pecados permanece sobre o crente (1a Cor. 11:27 e vs. 29 a 30). O texto trata da indignidade das ações dos salvos e batizados. A indignidade está ligada a qualquer tipo de pecado que impeça o crente de discernir o Corpo do Senhor e Sua obra redentora, assim como de apreciar o significado dos elementos e de se aproximar de Deus em atitude solene, meditativa e reverente.
A responsabilidade deste ato é de cada um individualmente. Portanto o crente deve examinar a si mesmo, se necessário arrepender-se e consertar-se, pedir perdão a Deus e aos outros, e participar dignamente da Ceia do Senhor. Deve participar da Ceia todo salvo e batizado, membro de qualquer Igreja evangélica, em comunhão com sua Igreja e com Deus. O texto é claro. Deus quer que o crente se examine, se conserte e participe (1a Cor. 11:28).

4) DOUTRINAS CONTRÁRIAS SOBRE O PÃO E O VINHO
A Igreja Luterana adotou a doutrina da consubstanciação (união de dois elementos em uma só substância) dizendo que o pão e o vinho ao serem tomados, de alguma forma transformam-se na carne de Jesus. A Igreja Católica Romana adotou a doutrina da transubstanciação, e ensina que a hóstia ao ser consagrada, transforma-se no corpo, sangue e divindade de Jesus. A doutrina da consubstanciação assim como a da transubstanciação são doutrinas erradas. “Eles ensinam heresias”.
Se houvesse a transformação, Jesus não diria: “fazei isto em memória de mim” (1a Cor. 11:24-25). Quando se celebra a memória de alguém, este alguém não está presente, porque se estivesse não seria em sua memória. A Ceia é um memorial do sacrifício físico (humano) de Jesus. Quando Jesus disse: “Tomai e comei, isto é o meu corpo” e “Tomai e bebei, isto é o meu sangue”, não quis dizer que o pão era realmente o seu corpo e o vinho era realmente o seu sangue, porque se assim fosse Jesus não diria isto é, mas este é. 

 5) A DOUTRINA QUE USAMOS SOBRE O PÃO E O VINHO
Em certas ocasiões Jesus disse: Eu sou o caminho, Eu sou a porta, Eu sou a videira, etc.. Usava palavras figuradas para ensinar através de comparações. Na Ceia, Jesus comparou o pão com o seu corpo e o vinho com o seu sangue. Assim, Jesus quis dizer que o pão e o vinho que nós consagramos, para uso neste memorial solene, são símbolos do seu corpo e seu sangue, dados por nós no Calvário, e que nós deveríamos manter isto vivo em nossa mente.
Portanto esta é a doutrina que usamos e entendemos como a correta dentro da Bíblia. Não ocorre nenhuma transformação. O pão e o vinho continuam pão e vinho mesmo. Quando participamos da Ceia e partimos o pão, é como se declarássemos que nossos pecados feriram e moeram o Corpo Santo de Jesus na cruz do Calvário, assim como o pão é ferido e moído por nós.
Quando tomamos o vinho estamos dizendo que o sangue que Jesus derramou nos purificou de todo o pecado, nos remiu para sempre e nós o recebemos pela fé. O pão simboliza o corpo de Jesus (sua carne) e o vinho (suco de uva) simboliza o seu sangue. A Ceia é momento de comunhão. Por isso devemos esperar uns pelos outros para tomarmos juntos os elementos (1a Cor. 11:33).

6) A FINALIDADE DA CEIA DO SENHOR
Cristo fez um Testamento eterno para nos salvar e abençoar sempre. Quer que nós assumamos com Ele compromisso sério de sermos-Lhe fiéis e fazermos a Sua obra. A finalidade da Ceia do Senhor é lembrar que a morte de Jesus é o evento mais importante de todos os tempos, e ao participarmos da Ceia, elevar a nossa mente até o Calvário e vermos pela fé o grande sofrimento de Jesus por nós. A agonia de Jesus começou naquela quinta-feira à noite no Getsêmani.
Continuou por toda a noite até o amanhecer. Às nove da manhã de sexta-feira, Ele foi pregado na cruz. Agonizou na cruz durante seis horas. Às três da tarde estava morto (Mc. 15:25-38; Luc. 23:44-46). Devemos relembrar desde o Getsêmani (Luc. 22:39-46), quando Jesus, posto em agonia, orando, que seu suor se tornou em grandes gotas de sangue. Depois foi preso, blasfemado, caluniado, esbofeteado, açoitado... Bateram-lhe com uma cana. Os açoites abriram cortes em sua carne. Recebeu uma coroa de espinhos em sua cabeça. O sangue escorria pelo seu corpo.
Recebeu o escárnio e a zombaria. Finalmente foi crucificado. Seu corpo, pregado na cruz. Suas mãos e seus pés traspassados pelos cravos. Todo o seu sangue foi derramado por nós. Realizou um sacrifício vicário (em favor de e em lugar de). Quão terrível foi o tormento de Jesus. E tudo isto que Ele sofreu foi o castigo e a culpa dos meus pecados, dos seus pecados e de todos os que assim crêem. Nossos pecados crucificaram o Filho de Deus. Jesus recebeu e carregou sobre Si a maldição dos nossos pecados (Isaias 53:4-6).
A Ceia é momento de recordar a memória de Jesus Cristo. Devemos celebrá-la constantemente a fim de refletir bem todas estas coisas e mantê-las vivas em nossa mente. Quão grande e incomparável é o amor de Jesus por nós. Este é um momento de enlevo espiritual. É solene e de profunda reflexão e deve nos despertar e estimular para sermos mais consagrados, mais obedientes, mais santificados, mais envolvidos com o Reino de Deus, servindo-O com amor e gratidão. Devemos anunciar esta grande salvação (a sua morte) a toda criatura, até que Jesus venha (1a Cor. 11:26).

7) APELO
Este estudo aplica-se mais aos salvos. Se alguém, no entanto, ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa--se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).

CONCLUSÃO
Jesus cumpriu a Páscoa judaica, instituiu a Ceia que é um memorial da sua morte e é a 2a ordenança. A doutrina que usamos é que a Ceia do Senhor deve ser servida a todo salvo e batizado em comunhão com sua Igreja e com Deus. Todo crente deve examinar a si mesmo, se necessário consertar-se diante de Deus e dos homens e participar dignamente da Ceia do Senhor.
O pão e o vinho usados na Ceia são símbolos do corpo e do sangue de Jesus e não ocorre nenhuma trans-formação. A finalidade da Ceia é recordar o grande sacrifício de Jesus por nós. Devemos celebrar sempre a Ceia do Senhor e manter estas coisas vivas em nossa mente. Amém. Leia a Bíblia.
Reestude em casa este assunto lendo todos os textos, responda às perguntas da folha de respostas e receba muitas bênçãos. O próximo estudo será sobre Dízimos e ofertas na Bíblia. Não perca!


Novo blog

O Blog da Igreja Batista Missionária voltou a ativa agora neste endereço!